GOL recebe seu oitavo Boeing 737 MAX

A GOL anunciou a chegada de mais uma aeronave Boeing 737 MAX. A aeronave recebida ontem (27), na GOL Aerotech em Confins/MG, tem o prefixo PR-XMM, e se tornou a oitava deste modelo na atual frota. É estimado que este MAX entre na operação comercial da companhia a partir do mês que vem.

GOL 737 MAX

A ligação da GOL com o 737 é de longa data – a companhia opera apenas aeronaves desse modelo. O MAX, o mais novo jato da família 737, aumenta a produtividade em 24%, reduz o consumo de combustível em aproximadamente 15%, com um alcance de cerca de 1.000 quilômetros a mais (chegando a 6,5 mil) quando comparado com as aeronaves atuais da companhia – os 737 NG.

Além disso, o modelo também produz 40% menos ruído, tem redução de 15% nas emissões de carbono e de uso de combustível e está 50% abaixo dos limites de CAEP/6 (Committee on Aviation Environmental Protection) para a emissão de NOx (óxido de carbono), índice da International Civil Aviation Organization’s (ICAO).

Volta da permissão de voo do MAX

Apesar de novo, o modelo deu bastante dor de cabeça à Boeing e às companhias aéreas que os tinham em sua frota, devido a um impedimento de voo que durou quase dois anos. Isso se deve, pois alguns erros na programação do MAX acarretou em dois acidentes fatais, com mais de 300 mortes, nos anos de 2018 e 2019.

Por conta da proibição de operação com o modelo, companhias não podiam colocar as aeronaves para operar seus voos, diminuindo assim as ofertas em rotas. A GOL e a American Airlines foram duas das empresas que mais foram afetadas com a paralisação do modelo e chegaram até a negociar com a Boeing, um valor de compensação dos pedidos do MAX que não podiam ser entregues.

Contudo, em novembro de 2020, a Federação de Aviação dos Estados Unidos (FAA) derrubou a suspensão de voos do MAX no país. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), logo após a decisão da FAA, também aprovou a volta do modelo nas operações, o que fez a GOL ser a primeira companhia aérea do mundo a operar um voo comercial de passageiros com o 737 MAX.

Além das federações responsáveis no Brasil e Estados Unidos, recentemente também publicamos que a EASA, que é a agência europeia de aviação, também retirou a suspensão do modelo em operações no continente. Vale destacar que, antes das retiradas das suspensões por cada agência responsável (FAA, ANAC e EASA, por exemplo), a Boeing teve de apresentar diversos requisitos que devem ser atendidos antes que as transportadoras pudessem retomar o serviço.

Entre os requisitos, se incluem: a instalação de melhorias de software, completando modificações de separação de fios, conduzindo treinamento de pilotos e realizando atividades de preservação completas que irão garantir que os aviões estejam prontos serviço, uma recertificação do sistema de controle de voo do avião, chamado Sistema de Aumento das Características de Manobra, ou MCAS, que não fazia parte dos modelos 737 anteriores, um pacote de atualizações de software, um retrabalho do sistema elétrico, verificações de manutenção, atualizações do manual de operações e treinamento de nova tripulação.

Além disso, todos os pilotos do MAX precisarão passar por um treinamento especial único, inclusive em um simulador, para garantir que estejam totalmente familiarizados com o avião reprojetado e sejam capazes de lidar com cenários específicos que possam surgir durante o voo.

Com a retomada em dezembro de 2020 dos voos com o modelo B737 MAX 8, e com as sete aeronaves disponíveis, até este momento a GOL completou mais de mil voos comerciais, com mais de 160 mil passageiros embarcados e um índice de aceitação quase total por seus clientes (99,99%).

Você já voou com o MAX após o fim da suspensão das operações?