Resgates de Primeira – Passagem de Los Angeles para Manaus na Classe Executiva da American Airlines com milhas AAdvantage

Programas de fidelidade Resgates de Primeira

Por Raimundo Junior

Como você vem acompanhando nas últimas semanas, nesta quarta fase da série Resgates de Primeira, estamos mostrando voos que tragam alguma característica especial, quer de preço, cabine ou rota diferenciada, que mereça o nosso registro. O diferencial do resgate de hoje é mostrar o ótimo valor da tabela fixa do AAdvantage entre EUA e América do Sul, Região-1. Por isso, o que temos no cardápio hoje é: Resgates de Primeira – Passagem de Los Angeles para Manaus na Classe Executiva da American Airlines com milhas AAdvantage.

 

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  1. O Resgate de Primeira
  2. Quanto custa essa emissão?
  3. Como fazer essa emissão?
  4. Como otimizar essa emissão?
  5. Quais companhias posso voar?
  6. Fatores a considerar
  7. Comentário

O Resgate de Primeira

Rota: Los Angeles – Charlotte – Nova York – São Paulo – Manaus
Programa: AAdvantage – American Airlines

Para quem não vem acompanhando, nas primeiras duas fases da série Resgates de Primeira, mostramos ótimos resgates para voar em Classe Executiva para todos os continentes. Na terceira fase, publicamos oportunidades para voar em Primeira Classe, item cada vez mais raro no mundo da aviação, especialmente com milhas e pontos. Nesta última, por sua vez, voltamos a mostrar resgates de viagens em qualquer classe – preferencialmente em cabines premium – que apresentem custo x benefício acima da média ou que tenham alguma característica especial.

Essa não é a primeira vez que mostramos voos entre Brasil e Estados Unidos usando milhas AAdvantage aqui no quadro Resgates de Primeira. Então, você pode estar se perguntando, qual o diferencial desse post?

Desde 2017, o Santander passou a oferecer os cartões co-branded AAdvantage, trazendo de volta ao mercado brasileiro a possibilidade de acumulação das valiosas milhas AAdvantage, algo que havíamos perdido desde a incorporação do Citi pelo Itaú. Nos últimos dois anos, contudo, mais e mais consumidores descobriram as vantagens desse cartão e passaram a acumular milhas no programa americano.

Com isso, os resgates para os voos da própria American Airlines, que já não eram o melhor negócio do programa, já que têm precificação dinâmica (AAdvantage mantém também fixa apenas para resgates com parceiros), passaram a custar cada vez mais caros. Isso porque, nesse sistema dinâmico, quanto maior a procura, mais altos serão os preços cobrados.

Aproveito esse resgate, para reafirmar o que falei nessa matéria, – e apareceram “especialistas” para questionar -, de que, ao selecionar rotas em que se mesclam voos de parceiros, com voos próprios American Airlines, o sistema transfere o modelo de precificação dinâmica para o da tabela de parceiros, que é fixo. Em períodos de baixa demanda, em que se pode tirar proveito dos valores promocionais, pode não ser vantajoso; no entanto, no cenário atual como acima descrito, representa uma enorme economia em milhas AAdvantage, que são ativo de grande valor.

Esse, portanto, é o diferencial (grande) do resgate hoje mostrado. Iniciamos nossa viagem nos Estados Unidos voando Classe Executiva da American Airlines e finalizamos voando Gol, de São Paulo para Manaus.

Como você pode ver, da corriqueira precificação dinâmica, e elevada, pulamos para a tabela fixa, que, no caso de Manaus, que é o único destino brasileiro incluído no AAdvantage como América do Sul, Região-1, fica ainda mais incrível: inacreditáveis 30.000 milhas para voar em Classe Executiva.

Classe Executiva do Boeing-777 da American Airlines


Quanto custa essa emissão?

Como falamos, o programa AAdvantage tarifa os voos operados por parceiros com base em tabela fixa, o que traz a grande vantagem da previsibilidade. Para os voos entre qualquer 48 Estados (continentais) americanos e América do Sul Região 1 – (apenas Manaus, dos destinos brasileiros) – , o valor previsto na tabela é de 30.000 milhas para voar em Classe Executiva, o que é incrível.

Esse é um valor bastante excepcional para voar em Classe Executiva entre Estados Unidos e Brasil, mesmo considerado o alto valor relativo das milhas AAdvantage. Lembrando que a tabela para voar para outros destinos brasileiros é de 57.500 milhas na mesma cabine.

A propósito, para uma visão geral sobre o programa AAdvantage, recomendamos a leitura da excelente matéria publicada aqui no PP pelo Lorenzo, sob o título: O Guia Completo do American Airlines AAdvantage.


Como fazer essa emissão?

  • Encontrando disponibilidade

Como sabemos, o AAdvantage é um dos programa de fidelidade em que a grande maioria do acervo é acessível nas pesquisas online, tanto para voos próprios quanto para parceiros. A presente emissão, inclusive, tem tratamento 100% online, desde a pesquisa até a conclusão.

Há casos, contudo, em que você precisará contatar a central. Mesmo que precise, não se intimide em ligar para o bom time de atendimento telefônico. É quase uma unanimidade que o call center do American Airlines AAdvantage presta um serviço de excelência. Da minha parte, só tenho elogios!

  • Realizando a emissão 

Realizada a pesquisa e encontrado o resultado, basta selecionar os voos preferidos e seguir para finalização.

Antes que se reclame que o voo é demorado e com muitas conexões, recordo que poderíamo fazer a emissão partindo de JFK, conectando em GRU e voando pra MAO. A intenção de partir de LAX é mostrar que é possível partir do extremo oposto dos Estados Unidos sem alterar a tarifa cobrada, o que pode ser imensamente vantajoso para quem queira viajar à Califórnia.

Aliás, vou mostrar uma data com disponibilidade JFK-GRU-MAO e JFK-GRU. Com isso, além de mostrar que é possível montar um voo mais confortável, com apenas uma conexão, ainda aproveito para trazer um bônus para os descrentes do que sempre afirmei: essa mescla com a GOL joga o resgate para a tabela fixa.

Vejam que, em 24 de dezembro, ao selecionar como destino final Manaus, mesmo voando de Classe Executiva no mesmíssimo voo AA951, o sistema precifica pela tabela fixa EUA-América do Sul -Região 1, cobrando 30.000 milhas. Escolhendo São Paulo como destino, voando exclusivamente AA, a precificação dinâmica eleva o valor para 106.500 milhas.


Como otimizar essa emissão?

O gargalo dessa emissão, que é excelente, pode estar na dificuldade de gerar um alto valor nas milhas AAdvantage – recorde que mencionamos que elas são um ativo valioso. A despeito disso, vamos tentar mostrar alternativas razoáveis de tê-las.

  • Compra de milhas com desconto

Mesmo nas promoções, comprar milhas AAdvantage é sempre uma operação que custa caro. Veja um exemplo da melhor promoção que o programa faz esporadicamente, em que concede desconto efetivo de 40% na aquisição:

O problema, como se vê, é que as milhas AAdvantage são extremamente valiosas. Mesmo com a aplicação dos 40% de desconto, um dos melhores já vistos, o bloco de mil milhas ainda custaria acima de US$ 19, ou seja, cerca de R$ 95. Apesar desse alto valor de aquisição, as 30.000 milhas necessárias para essa emissão custariam cerca de R$ 2.850, o que é cerca de 20% do valor da passagem pagante.

Tivemos dificuldades de montar o voo partindo de LAX, por isso precificamos o segundo resgate mostrado, JFK-GRU-MAO.

  • Gerando milhas no cartão de crédito

Essa, sem dúvida, a maneira mais barata de gerar milhas AAdvantage. Para quem tem acesso aos cartões americanos, não raro há pomposos bônus de assinatura oferecidos pelo Citi, que emite o co-branded nos Estados Unidos, além do Barclays. Já no mercado brasileiro, a única maneira de gerar pontos através do cartão de crédito é usando o co-branded Santander AAdvantage, lançado pelo banco espanhol no Brasil em 2017.

O banco tem oferecido uma boa taxa de conversão para esse cartão em suas últimas campanhas Bateu, Ganhou!, onde é possível acumular até 4 milhas AAdvantage por dólar gasto na versão AAdvantage Black. Essa é, de longe, a forma mais eficiente de gerar essas milhas valiosas. Graças a essa promoção, que tem sido realizada com frequência, era vantajoso até mesmo pagar as salgadas tarifas dos aplicativos de pagamento para pagar contas que, em regra, seriam debitadas em conta-corrente, a fim de gerar gastos com esse cartão.

Infelizmente, com a mudança das regras do Santandere, que não aceitará mais conceder pontos para pagamentos por carteiras digitais, restará pagar boletos em Casas Lotéricas conveniadas, acaso encontre na sua cidade. Nesse caso, a tarifa cobrada é de 2,98%. Por exemplo, imagine que você tenha um boleto de R$ 5 mil pra quitar. O lógico seria quitá-los à vista, debitando do seu saldo bancário; no entanto, com a campanha do Bateu, Ganhou!, você poderia gerar cerca de 3,8 mil milhas pagando seu boleto em lotéricas. Em contrapartida, você arcaria o custo de R$ 149 (taxa de 2,98%), para fazer a transação financeira e, ao fazer isso, o valor de suas milhas AAdvantage cairia para cerca de R$ 39,21, o que é excelente.

Caso você consiga gerar todas as 30.000 milhas dessa emissão, por meio dessa modalidade, como acima mostrado, o valor do bilhete do resgate de primeira cairia para inacreditáveis 1.176 reais +  taxas , contra quase 14 mil reais cobrados pelo bilhete pago. Pesquisamos a ida nesse voo do dia 12/03, com retorno em 23/03, e os valores por trecho não tiveram qualquer alteração. Com isso, constatamos que o custo do nosso resgate representa menos de 10% do valor pagante, o que é espetacular!


Quais companhias posso voar?

No trecho internacional, não há parceiros voando em Classe Executiva entre Brasil e Estados Unidos. A opção alternativa seria voar na Premium Economy da GOL, mas são produtos bastantes diferentes, que não podem ser comparados.


Fatores a considerar

  • Facilidade de emissão: como mencionamos no início, o programa AAdvantage tem uma das mais amigáveis plataforma de emissão de passagens com milhas, tanto para as emissões online, que são a maioria, quanto para os casos em que se precisa de atendimento do call center, que presta um serviço de excelência;
  • Tabela fixa: esse é um ponto bastante positivo do AAdvantage, que precifica em valores fixos os voos entre regiões, não importando se você vai encontrar disponibilidade em um voo direto ou com escalas, pois seu valor final sempre será aquele da tabela. Isso traz bastante previsibilidade e segurança para o cliente. Nesse caso, o voo direito inviabilizaria nosso paranauê de aproveitar a tabela fixa, já que é operado pela AA e entraria na precificação dinâmica;
  • Risco de skipllaging: O voo principal do resgate é JFK-GRU. Como é obrigatório recolher bagagens e fazer alfêndega e redespacho no primeiro aeroporto de entrada, não é difícil deixar de comparecer para o trecho doméstico. Lembre, por outro lado, que essa é uma prática altamente coibida pelas companhias americanas e europeais, com punições mais severas, para quem usa do expediente com frequência. Fica o alerta, acaso pense em desembarcar em GRU;
  • Custos simulados baseados em compra promocional de milhas e uso de cartão de crédito com bônus: como ficou registrado na matéria, quando simulamos os custos dessa emissão, precificando as formas de geração das milhas, levamos em consideração os valores da compra de milhas com 40% de desconto, bem como o uso do cartão de crédito com pagamento de taxas;
  • Baixa disponibilidade: apesar da boa dica de utilizar um trecho interno até MAO, para baratear o valor do resgate, fugindo da precificação dinâmica, esteja ciente que isso só vai funcionar quando conseguir uma vaga award (para parceiros) da GOL, que case em datas e horários com o voo da American, o que ocorre em datas muito mais reduzidas que as ofertadas para os resgates próprios pela Smiles.
  • Viagem é um dos melhores investimentos que podemos fazer: Viajar é uma experiência emocionante e enriquecedora. Quando temos a chance de desfrutar de benefícios especiais, como resgatar passagens com milhas para voar em cabines premium, a aventura se torna ainda mais memorável. Se você está em busca de uma oportunidade para voar com conforto e estilo, essa é mais uma das ótimas dicas que compartilhamos com você semanalmente.

Comentário

Este é mais um bom caso das dezenas de boas oportunidades de emissões que temos a explorar no nosso microcosmos de milhas e pontos, como falamos no post inicial dessa série semanal. Nesta matéria, por exemplo, trouxemos uma excelente oportunidade de uso das milhas do programa AAdvantage.

É, sem dúvida, um dos bons resgates do nosso universo de milhas e pontos!


confira alguns resgates publicados:

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