Resgates de Primeira – Passagem em Classe Executiva da Polinésia para a Austrália usando milhas AAdvantage

Programas de fidelidade Resgates de Primeira

Por Raimundo Junior

Dando continuidade à série  Resgates de Primeira, hoje mostrarei a terceira parte da sequência de voos que fizemos na viagem de Volta ao Mundo que finalizamos no início do mês. Nesse resgate, tirei proveito da parceria do AAdvantage com a Air Tahiti Nui, para voar de Papeete até Auckland na Classe Executiva da companhia taitiana, além de seguir para a Austrália na excelente Classe Executiva da Qantas, num único resgate. Por isso, o que temos no cardápio hoje é: Resgates de Primeira – Passagem em Classe Executiva da Polinésia para a Austrália usando milhas AAdvantage.

A Air Tahiti Nui opera a rota PPT-AKL com três frequências semanais, às segundas, quartas e sábados, utilizando o moderno Boeing 787-900. Apenas a Air New Zealand concorre na rota, com duas frequências semanais, às segundas e sextas, o que torna a viagem bastante rara, difícil de conseguir resgate award em cabine premium – a Air New Zealand nunca libera vaga para parceiros – e com alto custo pagante.

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  1. O Resgate de Primeira
  2. Quanto custa essa emissão?
  3. Como fazer essa emissão?
  4. Como otimizar essa emissão?
  5. Quais companhias posso voar?
  6. Fatores a considerar
  7. Comentário

O Resgate de Primeira

  • Rota: Papeete (PPT) – Auckland (AKL) – Sydney (SYD)
  • Programa: AAdvantage

Neste terceiro post sobre os resgates que fizemos durante a minha última Volta ao Mundo, finalizada no início do mês, aproveito para mostrar uma viagem emitida pelo AAdvantage, da American Airlines, que é, disparado, meu programa de fidelidade preferido.

Infelizmente, não é fácil e nem barato gerar (em grande volume) as valiosas milhas AAdvantage. No mercado doméstico, vale lembrar que essa possibilidade ressurgiu em 2017, quando o Santander passou a oferecer os cartões co-branded AAdvantage, trazendo de volta ao mercado brasileiro a possibilidade de acumulação das valiosas milhas AAdvantage, algo que havíamos perdido desde a incorporação do Citi pelo Itaú.

Nos anos subsequentes, houve excelentes oportunidades, com o cartão sendo incluído, com regularidade, nas ótimas campanhas Bateu, Ganhou realizadas pelo banco, o que levou mais e mais consumidores descobriram as vantagens desse cartão, passando a acumular milhas no programa americano.

Infelizmente, desde o ano passado, o cartão deixou de participar dessas campanhas, o que encareceu dificultou bastante a geração dessas milhas. Ainda assim, o programa continua imbatível. No caso dessa rota, na forma como consegui montar, um dos raros a permitir, efetivamente, fazer a viagem com uma única emissão award.

Embora o layout não seja o desejado 1-2-1, a cabine é bonita, alegre e confortável, afora o atendimento extremamente atencioso e amigável da equipe de bordo.

  • Voos internos na Polinésia Francesa sem opção de resgate award

Apenas para registro, ressalto que, para voar entre as ilhas da Polinésia Francesa, não é possível, no momento, emissão award, apenas voos pagantes com a Air Tahiti ou Air Moana. Assim, optamos por voar de Papeete para Bora Bora e Bora Bora para Moorea, com a Air Tahiti. Entre Moorea e Papeete, optamos pelo ferry, que é rápido, prático, conveniente e barato.

“Pra não dizer que não falei de flores”, segue um belo registro que fiz da saída de Bora Bora, no voo em que seguimos para Moorea.

O visual é de tirar o fôlego, não é mesmo?

  • Acesso ao Air Tahiti Nui Lounge em Papeete

O voo parte de Papeete para Auckland às 9:45h da manhã. Chegamos com tempo de conhecer o Lounge Premium da companhia taitiano. E confesso que foi uma bela surpresa. A sala superou largamente as expectativas.

O lounge é bonito e requintado, além de oferecer boas opções de comidas e bebidas.

  • Curiosidade: cruzando a Linha Internacional do Tempo (antimeridiano)

Se você, assim como eu, gosta de curiosidades, vai curtir voar nessa rota entre a Polinésia Francesa e Nova Zelândia, porque a meio caminho da viagem, você vai cruzar o chamado antimeridiano – meridiano oposto a Greenwich (longitude de 180º)-, conhecido oficialmente como a Linha Internacional de Data.

Registro do momento em que o voo estava alcançando a Linha Internacional de Data

No rota Papeete – Auckland, em que se voo no sentido anti-horário, ao cruzar a linha, o calendário adiante um dia exato, como se você perdesse 24h de vida. Voando no sentido oposto, de Auckland para Papeete, volta-se no tempo e ganha-se um dia inteiro, ao cruzar essa linha.

Com isso, partimos por volta das 10h da manhã da quarta-feira de Papeete, para um voo de cerca de cerca de 5:30h, mas só chegamos em Auckland no início da tarde da quinta-feira.

  • Classe Executiva da Qantas entre Nova Zelândia e Austrália

Como nosso destino final era a Sydney, na Austrália, conectamos em AKL e seguimos viagem na ótima Classe Executiva da Qantas.

A Qantas tem uma ótima cabine de Classe Executiva no A330, com poltronas full-flat bed, com layout 1-2-1.

Registro que, nesse post, estou mostrando uma opção de voar PPT-AKL-SYD, mas na nossa viagem, voamos PPT-AKL-BNE-SYD, sendo que no trecho AKL-BNE, voamos no A330, com a cabine da foto acima. No trecho curtinho BNE-SYD, voamos no B7373-Max, com Classe Executiva com layout 2-2.


Quanto custa essa emissão?

O programa AAdvantage da American Airlines tarifa os voos operados por parceiros com base em tabela fixa, o que traz a grande vantagem da previsibilidade. Para as viagens dentro da região conhecida como Sul do Pacífico, o valor previsto na tabela é de 30.000 milhas para voar em Classe Executiva, o que é incrível.

Essa é uma das emissões que mais curto no AAdvantage, dada a dificuldade de voos na rota e a possibilidade de fazer dois voos médios em Classe Executiva, experimentando cabines e lounges diferentes.


Como fazer essa emissão?

  • Encontrando disponibilidade

Como sabemos, o AAdvantage é um dos programa de fidelidade em que a grande maioria do acervo é acessível nas pesquisas online, tanto para voos próprios quanto para parceiros. A presente emissão, inclusive, tem tratamento 100% online, desde a pesquisa até a conclusão.

Há casos, contudo, em que você precisará contatar a central. Mesmo que precise, não se intimide em ligar para o bom time de atendimento telefônico. É quase uma unanimidade que o call center do American Airlines AAdvantage presta um serviço de excelência. Da minha parte, só tenho elogios!

  • Realizando a emissão

Realizada a pesquisa e encontrado o resultado, basta selecionar os voos preferidos e seguir para finalização.

Vale observar que a viagem mostrado aqui é um pouco diferente da que realizados. Essa teria apenas uma conexão em AKL, voando direto pra SYD. Além disso, o trecho AKL-SYD é previsto para usar o Boeing 787, mas que possui cabine de Classe Executiva similar ao A330 que voamos.


Como otimizar essa emissão?

O gargalo dessa emissão, que é excelente, pode estar na dificuldade de gerar um alto valor nas milhas AAdvantage – recorde que mencionamos que elas são um ativo valioso. A despeito disso, vamos tentar mostrar alternativas razoáveis de tê-las.

  • Compra de milhas com desconto

Mesmo nas promoções, comprar milhas AAdvantage é sempre uma operação que custa caro. Veja um exemplo da melhor promoção que o programa faz esporadicamente, em que concede desconto efetivo de 40% na aquisição:

O problema, como se vê, é que as milhas AAdvantage são extremamente valiosas. Mesmo com a aplicação dos 40% de desconto, um dos melhores já vistos, o bloco de mil milhas ainda custaria acima de US$ 19, ou seja, cerca de R$ 100. Apesar desse alto valor de aquisição, as 30.000 milhas necessárias para essa emissão custariam cerca de R$ 3.000, o que ainda seria um ótimo custo, considerando o valor do bilhete pagante.

  • Gerando milhas no cartão de crédito

Essa, sem dúvida, a maneira mais viável para gerar milhas AAdvantage no mercado doméstico. Para quem tem acesso aos cartões americanos, não raro há pomposos bônus de assinatura oferecidos pelo Citi, que emite o co-branded nos Estados Unidos, além do Barclays. Já no mercado brasileiro, a única maneira de gerar pontos através do cartão de crédito é usando o co-branded Santander AAdvantage, lançado pelo banco espanhol no Brasil em 2017.

Infelizmente, o Santander não vem incluindo o cartão nas últimas campanhas Bateu, Ganhou, o que acaba dificultando e encarecendo, sobremaneira, essa modalidade de geração de milhas.

Apesar disso, o pagamento de taxas para girar o cartão, vai permitir a geração de milhas AAdvantage na faixa de R$ 85 de CPM, o que ainda é ligeiramente mais vantajoso do que a compra de milhas em promoção.

  • Diferença para a tarifa comercial

Quando comparamos o custo desse bilhete award, com o valor da passagem pagante, podemos constatar quão vantajoso é esse Resgate de Primeira.

O custo do resgate award, portanto, é de cerca de 20% do bilhete pagante, o que é excepcional.

Deixamos registrado, como sempre fazemos nesse quadro, que possivelmente esse valor teria uma sensível redução proporcional, numa compra de viagem de ida e volta (round-trip). É preciso ver, por outro lado, que esse é o valor oficial que encontramos, exatamente para a data do resgate oferecido no AAdvantage, de modo que não podemos ter outro padrão comparativo, senão esse.


Quais companhias posso voar?

  • Outras companhias parceiras

Na rota PPT-AKL, essa é a Air Tahiti Nui é a única companhia que opera voo comercial regular, de modo que inexiste opção diversa para o resgate.


Fatores a considerar

  • Air Tahiti Nui opera apenas três frequências semanais: apesar desse ser um ótimo meio de se voar entre a Polinésia e Austrália Nova Zelândia, tenha em mente que a oferta é limitada, já que apenas a Air Tahiti Nui opera a rota PPT-AKL, com 3 frequências semanais, com voos às segundas, quartas e sábados, em cada sentido da rota.  Com isso, não é uma tarefa fácil conseguir vaga em Classe Executiva, especialmente para mais de um passageiro;
  • Possibilidade de extensão da viagem até a Ásia, com pequeno aumento de custo: além da boa emissão intra-Pacífico Sul, o programa também permitiria montar a rota seguindo até a Ásia, com um pequeno incremento de valor, cobrando 40 mil milhas AAdvantage, o que é também um ótimo sweetspot;
  • Viagem é um dos melhores investimentos que podemos fazer: viajar é uma experiência emocionante e enriquecedora. Quando temos a chance de desfrutar de benefícios especiais, como resgatar passagens com milhas para voar em cabines premium, a aventura se torna ainda mais memorável. Se você está em busca de uma oportunidade para voar com conforto e estilo, essa é mais uma das ótimas dicas que compartilhamos com você semanalmente.

Confira alguns resgates publicados


Comentário

Esse é mais um bom exemplo das dezenas de boas oportunidades de emissões que temos a explorar no nosso microcosmos de milhas e pontos, como falamos no post inicial dessa série semanal. Nessa matéria, trouxemos o uso das milhas do AAdvantage para voar de Classe Executiva da Polinésia Francesa para a Austrália.

E você, pretende aproveitar essa emissão do AAdvantage?


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