O guia da minha viagem de férias no Egito

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Por Lorenzo Firmino

Pessoal, bom dia! Primeiramente, “it’s good to be back”! 🙂 Como imagino que vocês sabem, passei as últimas três semanas de férias. E anteontem voltei à ativa! Quem me acompanha no Instagram sabe que [com toda segurança e precaução] resolvi fazer minha 1ª viagem internacional em meses. O destino foi um país que por muito passou despercebido nos meus itinerários de viagem: o Egito.

guia viagem egito

Nesse post compartilho com vocês minha experiência de viajar durante a pandemia, os detalhes da emissão da passagem, a escolha dos hotéis e um pouco do roteiro.

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  1. A escolha do Egito
  2. Como chegar lá com o TAP Miles&Go
  3. A emissão da passagem
  4. O roteiro da viagem
  5. Sugestão de roteiro
  6. A minha escolha de hotéis
  7. A promoção da Accor na África: 50% off em tudo
  8. Viajando em tempos de pandemia
    8.1 Bom para o turista, ruim para o turismo
    8.2 Sensação de segurança
    8.3 Testes para a COVID-19
    8.4 Os serviços de companhias aéreas, salas VIP e redes hoteleiras
  9. Comentário

1. A escolha do Egito

No fim de julho escrevi um post aqui para o PP com o título: “Bali divulga data de reabertura para turistas internacionais, veja como chegar lá com milhas“. A ilha conhecida pelas montanhas, praias e recifes de corais era minha 1ª (e única) opção de férias.

Sabendo que minhas férias seria em outubro, emiti uma passagem para DPS [Bali-Denpasar] no início do ano. E mês a mês acompanhei de perto a situação da pandemia por lá. Por um momento acreditei que a entrada de turistas internacionais seria liberada – bom, era só ilusão.

Conforme os meses se passaram ficou claro que essa viagem não aconteceria. Em setembro os voos foram cancelados e finalmente consegui o reembolso integral dos bilhetes. Comecei então “A corrida pelo plano B”.

Faltando menos de 30 dias(!) para as minhas férias lembrei de dois posts que escrevi sobre ferramentas que falam sobre a situação de fronteiras em tempos de pandemia.

  1. Para onde eu posso viajar? Mapa interativo mostra restrições de viagem mundo afora
  2. O melhor site para você buscar por restrições de viagem durante a pandemia

Segundo estes sites, “o caminho para o país dos faraós localizado no nordeste da África” estava livre para brasileiros. Parecia uma boa alternativa.

Mas, como eu chegaria lá?


2. Como chegar lá com o TAP Miles&Go

Eu tenho uma boa quantidade de milhas no Miles&Go, da TAP. Seria este então o programa que eu utilizaria para emitir meu bilhete para o Cairo. Minhas alternativas eram:

  1. Brasil > Europa > Egito
  2. Brasil > África > Egito
  3. Brasil > Oriente Médio > Egito

A 1ª alternativa eu descartei porque embora eu pudesse conectar na Europa, eu não poderia entrar no continente. A regra geral é que brasileiros podem transitar por aeroportos europeus desde que não deixem a área internacional do aeroporto.

A 2ª opção eu descartei pela companhia aérea. Eu teria que voar de São Paulo para Adis Ababa com a Ethiopian Airlines – e, embora a Ethiopian seja a melhor aérea da África, não era o que eu queria.

A 3ª opção se mostrou factível. Eu teria que voar de São Paulo para Dubai com a Emirates e ainda poderia passar alguns dias na cidade – que está aberta para brasileiros. Bingo!


3. A emissão da passagem

Essa parte foi um verdadeiro desafio. Não está fácil encontrar disponibilidade em Classe Executiva no trecho São Paulo x Dubai. Há dois motivos para isso: a Emirates cancelou seu voo para o Rio de Janeiro e trocou o A380 pelo B777 na rota para São Paulo (além de reduzir a frequência). Ou seja, a oferta de assentos diminuiu significativamente.

Ainda assim, após buscas diárias no ExpertFlyer (veja nosso tutorial aqui), consegui encontrar disponibilidade para o trecho São Paulo x Dubai. Mas não encontrei disponibilidade para o trecho Dubai x São Paulo.

Porém, lembrei que havia uma forma de driblar isso: voltando via Portugal. Para quem não sabe, a única companhia que você pode misturar em emissões da Emirates no Miles&Go é a própria TAP. Consegui então montar o seguinte itinerário:

Ida

  • GRU x DXB (conexão) – Emirates
  • DXB x CAI – Emirates

Volta

  • CAI x DXB (stopover) – Emirates
  • DXB x LIS (conexão) – Emirates
  • LIS x GRU – TAP
mapa roteiro viagem Egito

*Em vermelho, os voos da Emirates. Em verde, o voo da TAP.

Com o itinerário e datas em mãos bastou uma ligação para o call center da TAP para fazer a emissão.

O Miles&Go cobra 260.000 milhas em Classe Executiva entre Brasil e Oriente Médio (embora o Egito esteja na África, o programa o considera como parte do Oriente Médio). O total das taxas por passageiro foi de EUR151,34.


4. O roteiro da viagem

Eu costumo dizer que minhas viagens não começam quando eu chego no destino. Elas começam meses antes (ou, um mês antes no caso do Egito) quando eu inicio a preparação do roteiro.

Durante boas madrugadas meu objetivo foi montar uma viagem ao Egito equilibrada em dois pontos: “Descanso e Turismo”. Confesso que o lado do “descanso” foi minha prioridade. Porém, não passou pela minha cabeça deixar o “turismo” de lado – afinal, não é todo dia que viajamos para um país de obras faraônicas de 4 mil anos, não é mesmo?

O roteiro ficou assim:

  1. Cairo (entrada no país)
  2. Assuã (duas noites)
  3. Luxor (três noites)
  4. Hurghada (quatro noites)
  5. Cairo (quatro noites)
  6. Dubai (stopover de três noites na volta)

Em torno de três horas após o meu desembarque no Cairo peguei um voo da EgyptAir para Assuã – onde comecei a viagem, de fato. Este voo custou 9.000 milhas do MileagePlus, da United + USD8,75 de taxas. Lembre-se que milhas do MileagePlus são valiosas – cada um de nós devemos fazer uma avaliação para descobrir se vale a pena utilizá-las com um trecho de pouco mais de uma hora.

mapa do Egito

Diferente da maioria dos roteiros, eu deixei Cairo “por último” porque lá precisaria fazer o teste PT-PCR para a COVID-19. O resultado do teste leva em torno de 48h. Portanto, não fazia sentido conhecer o Cairo no início da viagem ainda que a entrada no país fosse por lá.

Assuã, Luxor e Cairo é o roteiro clássico do Egito. O Rio Nilo percorre por estas cidades até se desaguar no Mar Mediterrâneo. São lugares riquíssimos em história e de uma diversidade cultural surpreendente. Se você tem menos de 10 dias para conhecer o país, concentre sua viagem nestas cidades (veja sugestões de roteiro no próximo tópico).

No meu caso eu adicionei algumas noites em Hurghada, uma cidade-balneário que se estende por 40 km ao longo da costa egípcia do Mar Vermelho. Há inúmeros resorts na cidade e a grande maioria funciona no regime “all inclusive”. É uma excelente “quebra” no roteiro. Recifes de corais e águas azul-turquesa são os destaques do Mar Vermelho.


5. Sugestão de roteiro

Veja abaixo minha sugestão de como você pode montar seu roteiro pelo Egito.

  • Entre 7 e 10 dias de viagem

Assuã, Luxor e Cairo

  • Entre 10 e 15 dias de viagem

Assuã, Luxor, Hurghada e Cairo

  • Mais de 15 dias de viagem

Assuã, Luxor, Cairo, Alexandria e Sharm el Sheikh*

*Assim como Hurghada, Sharm el Sheikh é uma cidade-balneário banhada pelo Mar Vermelho. A cidade é considerada muito segura para o turismo – embora esteja localizada na Península do Sinai, onde há presença de células terroristas. Se você pretende conhecê-la chegue até lá voando a partir do Aeroporto do Cairo e faça o trajeto reverso para voltar para a capital.


6. A minha escolha de hotéis

Parte importante da minha viagem foram os hotéis – escolhidos a dedo! Abaixo cito brevemente o que achei de cada um e opções alternativas em cada cidade que passei. Eu optei por hotéis de luxo – lembre-se, porém, que o Egito tem excelentes opções de hotéis nas categorias econômica e midscale.

  • Assuã, Egito

Sofitel Legend Old Cataract Egito viagem

Hotel: Sofitel Legend Old Cataract
Nota: 10/10
Ficaria de novo: sim
Alternativa(s): Mövenpick Resort Aswan

É um hotel fabuloso! Citado na semana passada pelo The New York Times na lista de “11 hotéis para visitar nos seus sonhos”. O hotel está cravado em um penhasco de granito rosa com vista para uma das partes mais bonitas do Rio Nilo! São quatro bares e quatro restaurantes. O café da manhã oferecido pelo hotel em uma felucca no rio é um must-do! Os quartos são espaçosos e a maioria oferecem vista para a piscina de borda infinita com o Nilo logo atrás. Extraordinário em cada detalhe entrou para o meu “TOP 5” dos melhores hotéis que já me hospedei.

  • Luxor, Egito

Hilton Luxor Resort & Spa Egito viagem

Hotel: Hilton Luxor Resort & Spa
Nota: 8,5/10
Ficaria de novo: sim
Alternativa(s): Sofitel Pavillon Winter Luxor e Sofitel Winter Palace Luxor

O Hilton Luxor Resort & Spa tem entre sete bares e restaurantes, duas piscinas de borda infinita, academia 24h e vários títulos de melhor “indoor spa” do Egito. As instalações são excelentes! Os quartos, nem tanto – são pequenos, mas oferecem o essencial para o conforto de um viajante. O buffet de café da manhã foi o melhor entre todos os hotéis da viagem. Para o almoço e jantar achei que o custo dos restaurantes deixa a desejar pelo que é oferecido. É o melhor hotel de Luxor localizado às margens do Rio Nilo. Há hotéis melhores na cidade – porém, não às margens do rio.

  • Hurghada, Egito

Sentido Mamlouk Palace Resort Egito viagem

Hotel: Sentido Mamlouk Palace Resort
Nota: 7/10
Ficaria de novo: não
Alternativa(s): Kempinski Hotel Soma Bay, Steigenberger Pure Lifestyle e The Oberoi Beach Resort

O Sentido Mamlouk Palace faz parte de uma famosa rede de resorts do Egito. Funciona no regime “all inclusive” com cinco restaurantes: um internacional, um mexicano, um asiático, um espanhol, um de “pratos saudáveis” e seis bares. Além disso, o resort tem um nightclub, praia particular e enormes piscinas. Muito bem avaliado na internet, penso que os reviews dizem mais do que o resort realmente é. O atendimento é inconsistente e tudo é artificial demais. A impressão que dá é que você está hospedado em um parque temático não tão divertido assim.

  • Cairo, Egito

Fairmont Nile City Egito viagem

Hotel: Fairmont Nile City
Nota: 8,5/10
Ficaria de novo: talvez
Alternativa(s): Four Seasons Cairo At The First Residence, Marriott Mena House e Sofitel Cairo Nile El Gezirah

Tive dias muito agradáveis no Fairmont do Cairo, que está localizado em um dos prédios mais bonitos da cidade. Isso, se não for o mais bonito. Chama atenção pela elegância e sofisticação. O hotel tem excelentes restaurantes, são cinco ao todo e quatro bares – provei no Bab El Nil os melhores pratos árabes da viagem. Infelizmente, a piscina e o bar do rooftop estavam fechados passando por reformas. Penso que o vista da cidade do Cairo a partir do terraço deva ser inesquecível – como foi a vista do Rio Nilo a partir da sacada do meu quarto.

Marriott Mena House Egito viagem

Hotel: Marriott Mena House
Nota: 9/10
Ficaria de novo: sim
Alternativa(s): Fairmont Nile City, Four Seasons Cairo At The First Residence e Sofitel Cairo Nile El Gezirah

Ainda no Cairo aproveitei para conhecer outro hotel, o Marriott Mena House. É um dos mais antigos hotéis de todo o continente e fica localizado a menos de 10 minutos do complexo das Pirâmides de Gizé. É um hotel fabuloso! Acordar com a vista da Pirâmide de Quéops logo “a sua frente” e tomar um café da manhã apreciando a mais faraônica obra de todas as obras é de cair o queixo. Por décadas o Mena House foi gerenciado pelo Oberoi Hotels & Resorts. Foi na administração do Oberoi que se tornou por um tempo membro do “The Leading Hotels of the World”. Hospedou Churchill, Agatha Christi, Frank Sinatra, Charlie Chaplin, reis e imperadores. Em 2015 o grupo Marriott International anunciou que assumiria o controle da propriedade e a renomeou para Marriott Mena House três anos depois.

  • Dubai, Emirados Árabes Unidos

Shangri-La Dubai viagem

Hotel: Shangri-La Dubai
Nota: 8/10
Ficaria de novo: talvez
Alternativa(s): Jumeirah Emirates Towers, Mandarin Oriental Jumeira, Rixos Premium Dubai e TAJ Dubai

O melhor do Shangri-La de Dubai é a localização. O hotel está localizado na Sheikh Zayed Road, a principal avenida da cidade. Os quartos são modernos e muitos têm vista para o Burj Khalifa. A piscina e o seu bar é atração à parte – turistas e residentes compram o “day use” só para obterem acesso a ela. Na minha estadia o café da manhã deixou a desejar (devido a pandemia estava funcionando no estilo à la carte com opções muito limitadas). Por fim, se você tem dinheiro para investir em uma experiência gastronômica de outro planeta (assim como o seu preço) converse com o hotel sobre um jantar no “Level 42”.


7. A promoção da Accor na África: 50% off em tudo

Há pouco mais de um mês postei aqui no PP sobre uma promoção da Accor que oferece 50% de desconto em estadias, spas e restaurantes na África. E bom, tive a chance de participar da oferta!

A tarifa que oferece 50% de desconto em estadias consegui apenas em um dos hotéis da Accor que me hospedei (a reserva deve ser feita através do ALL e precisa haver disponibilidade). Porém, o desconto de 50% em restaurantes foi aplicado em todas as refeições que fiz e em todos os hotéis (independente do horário, como no almoço ou jantar, por exemplo). Bastou informar que eu era um membro do ALL e mostrar o meu cartão.

Veja abaixo o recibo do restaurante The Terrace do Sofitel Old Cataract.

Observe os campos:
– 50% Dsc. Fod (referente a comida)
– 50% Dsc. Beve (referente a bebidas)

Arrisco a dizer que essa é uma das melhores promoções da Accor de todos os tempos. A culinária dos restaurantes localizados nos hotéis que me hospedei é de alto de nível e os preços são salgados – porém, com o desconto de 50% a experiência fica muito convidativa.

Vale ressaltar que a promoção “50% off para membros ALL” está sendo amplamente divulgada pela rede em todos os seus hotéis na África: nas TVs dos quartos, nos projetores de restaurantes, etc. Em outras palavras, não se preocupe – os hotéis estão cientes da oferta! Ela é válida até março de 2021.


8. Viajando em tempos de pandemia

Uma das coisas que me levou a viajar foi o fato de ter contraído o novo coronavírus meses antes da viagem. Eu já estava curado e os casos de reinfecção embora existam, são raros. Ainda assim, eu segui à risca todas as medidas de prevenção a COVID-19. Penso que é o mínimo que eu poderia fazer em respeito as outras pessoas. Para falar sobre “viagens em tempos de pandemia”, dividi o assunto em alguns tópicos! Vamos lá!

8.1 Bom para o turista, ruim para o turismo

Se existe alguma vantagem em viajar em tempos de pandemia eu diria que é encontrar pontos turísticos vazios. Não havia filas em lugar nenhum. Quando subi na Pirâmide de Quéops (parte interna) encontrei outras 4-5 pessoas no caminho. Em Abu Simbel (incrível complexo de templos dedicados a Ramsés II e sua primeira esposa) havia basicamente, eu. A mesma coisa aconteceu no Templo de Kom Ombo (onde há um museu com crocodilos do Nilo empalhados), estava vazio.

Incrível, não é mesmo? A sensação de estar em lugares milenares até então abarrotados de turistas é indescritível. Mas, neste caso, o que é bom para o turista, é ruim para o turismo. Observar os milhares de comerciantes expondo produtos para literalmente ninguém, é de cortar o coração. Fico imaginando o quanto a renda dessas pessoas diminuiu desde que 2020 começou.

O efeito dominó observado nos pontos turísticos se estende por todo o setor: hotéis, pousadas, aeroportos, companhias aéreas, shopping centers, mercados, restaurantes, bares, etc. É uma lástima.

8.2 Sensação de segurança

Curiosamente, os lugares que mais me senti seguro foram os aeroportos. Ainda que a exposição a doença possa ser maior nestes ambientes, o cuidado é triplicado. Em aeroportos você não vê ninguém sem máscaras e há dispensers de álcool em gel por todos os cantos.

Na minha viagem, eu passei por dois países: Egito e Emirados Árabes Unidos (não conto Portugal porque não sai do aeroporto). No Egito as pessoas estão zero preocupadas com a COVID-19. Quase ninguém usa máscara (mesmo nos hotéis que exigem o seu uso, vale notar). Em pontos turísticos o desmazelo é grande. Nem no famoso Museu do Cairo, o provável museu arqueológico mais importante do mundo, as pessoas usavam máscaras. E foi justamente lá o local que encontrei o maior número de turistas.

Situação totalmente oposta dos Emirados Árabes. Lá, máscaras e demais cuidados de prevenção a COVID-19 estão por todo lugar. A temperatura corporal de cada um é verificada em cada entrada de hotel, shoppings e restaurantes. A sensação de segurança é enorme – até porque, turistas que entram no país estão sendo massivamente testados.

8.3 Testes para a COVID-19

No Aeroporto Internacional de Guarulhos precisei fazer o teste PT-PCR para embarcar no voo da Emirates. O custo foi de R$350 e o resultado saiu em 2 horas (clap, clap! 👏🏻). Chegando nos Emirados Árabes eu não precisei fazer um novo teste porque estava em trânsito para outro país. E, chegando no Egito, mostrei o resultado do teste de Guarulhos.

Se a ida foi simples, a volta foi um pouco complicada. Precisei fazer o PT-PCR no Cairo para embarcar no voo de volta da Emirates. O custo foi de EGP2.500 (quase R$900!) e o resultado saiu em 48h. Chegando nos Emirados Árabes eu precisei ser “re-testado” porque entraria em Dubai. Este teste foi gratuito. Foi preciso, porém, ficar em quarentena no hotel em Dubai até o resultado sair – o que levou em torno de 18 horas. No aeroporto eles falam que você é avisado por SMS, o que não aconteceu. Eu consultei o resultado neste link e me “auto-liberei da quarentena”.

Após quatro dias em Dubai, eu embarquei com a Emirates rumo à Portugal. Não foi preciso fazer nenhum teste novo porque o meu destino final – o Brasil – não exige teste para a COVID-19 e eu não sairia da área internacional do Aeroporto de Lisboa. Embora essa informação esteja explícita no site da Emirates, me travaram no check-in em Dubai por uns 45 minutos. Depois que validaram a informação, fui liberado. É válido ressaltar que como um viajante proveniente de Dubai eu não poderia entrar na Europa ainda se eu quisesse – logo, tive uma conexão de 12h(!) sem poder ir para algum hotel ou sala VIP no Aeroporto de Lisboa (não há nem hotéis, nem lounges na área internacional do Aeroporto de Lisboa – continuo sem entender o motivo). Não foi fácil!

8.4 O serviço de companhias aéreas, salas VIP e redes hoteleiras

Companhias aéreas

Eu acredito que peguei um momento em que a situação da pandemia já está mais madura – se assim posso dizer. Os serviços de bordo da Emirates e da TAP já estão muito parecidos com o período pré-pandemia.

Sobre a Emirates (Classe Executiva):

– O serviço de bordo foi quase todo restabelecido no dia 1º de novembro;
– Coquetéis estão de volta (são 12 opções);
– Welcome Drink está de volta;
– Wi-Fi está de volta;
– Refeições agora são servidas por etapas (entrada, prato principal e sobremesa);
– A companhia distribui um “Travel Hygiene Kit” (foto abaixo) contendo máscaras, luvas, lenços antissépticos e álcool em gel.

Sobre a TAP (Classe Executiva):

– O serviço de bordo também foi quase todo restabelecido (uma comissária me disse que era seu 1º voo com o “serviço novo”);
– Bebidas alcoólicas são limitadas por passageiros (embora não tenham deixado de me servir, um speech feito pela tripulação falava isso);
– Refeições estão sendo servidas de uma só vez (entrada, prato principal e sobremesa);
– Diversos itens do cardápio estavam indisponíveis.

Salas VIP

Infelizmente, enquanto o serviço de companhias aéreas está quase completo, não posso dizer o mesmo quanto às salas VIP. A experiência de lounges está muito aquém do período pré-pandemia. Em uma das salas que passei me informaram que o espaço está operando com 10%(!) da capacidade – uma pena.

Visitei em torno de 4 a 5 salas VIP nessa viagem e posso afirmar que em todas elas:

– O serviço de buffet está muito limitado;
– Mesmo com buffet você não pode servir sua própria refeição (há funcionários designados para isso);
– As opções de bebidas alcoólicas também estão limitadas;
– Chuveiros não estão funcionando (a exceção é a sala VIP da Emirates localizada no Saguão B de DXB);

E, por falar em sala VIP da Emirates, é válido notar que a companhia fechou o seu melhor lounge de Classe Executiva, localizado no Saguão A. Esta sala (veja nossa avaliação) é muito superior a sala atualmente aberta no Saguão B (veja nossa avaliação).

Redes hoteleiras

Neste ponto foi interessante observar como cada rede hoteleira está lidando com a pandemia. A Accor, por exemplo, criou um selo chamado de ALLSAFE para garantir a segurança dos hóspedes. A rede Hilton, por sua vez, lançou o Hilton CleanStay, que define novos padrões de limpeza.

Foi curioso, porém, notar as discrepâncias entre um hotel e outro – veja alguns exemplos:

– Alguns fazem vista grossa para o uso de máscaras, outros não;
– Alguns medem a temperatura corporal a cada entrada, outros não;
– Hotéis da rede Hilton no Egito pedem o resultado do exame para a COVID-19 no check-in (o que não faz o menor sentido; já que você pode estar viajando há semanas e o exame perder seu valor);
– Hotéis da rede Hilton e Shangri-La fazem a limpeza de quarto somente quando solicitado pelo hóspede; hotéis da Accor fazem a limpeza diária sem solicitação.

Ainda que não há um “padrão” entre redes hoteleiras, me senti muito seguro em todos os hotéis.


9. Comentário

Viajar em tempos de pandemia foi uma experiência diferente – com prós e contras, como tudo na vida. Aos poucos (e conforme o mundo volta a receber turistas internacionais) penso que podemos [e devemos] retomar nossa rotina de viagens. Com segurança e precaução, como disse no início do post.

Ao longo desse guia tentei retratar o balanço dessa viagem, que foi melhor que minhas expectativas. Este guia, porém, é na verdade um “grande resumo” – já que eu poderia desmembrá-lo em vários. Veja alguns exemplos:

  • Um post do quadro “Leitor de Primeira” relatando os desafios da emissão;
  • Um post do quadro “Perrengues de Primeira” relatando a delicada operação que montaram para me tirar de Hurghada devido as fortes chuvas;
  • Um post mais detalhado sobre o roteiro, custos e passeios;
  • Vários posts de avaliação de voos e hotéis.

Optei por fazer este resumo para não me prolongar por muitos dias meses e poder focar nos “paranauês do PP” que tanto gostamos. Portanto, tenha as notas que dei para os hotéis e as experiências de voos apenas como referência. Estes relatos não são e nem pode ser encarados como avaliações!

E last but not least, se você pretende viajar para o Egito, Emirados Árabes ou fazer uma conexão na Europa não deixe de consultar as informações atualizadas a respeito de fronteiras e imigração com os órgãos competentes e companhias aéreas.

Faltou alguma informação que você gostaria de saber nesse post? Ficarei feliz em ajudá-lo no campo dos comentários! 🙂


Deixo registrado meu agradecimento especial a nossa colunista Lays – que me ajudou com o roteiro e me recebeu em Dubai para uma visita a sede da Emirates.

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