Problemas para embarcar para o Catar – Perrengues de Primeira

Notícias Perrengue de Primeira

Por Equipe

Hoje no quadro Perrengues de Primeira vamos compartilhar a história do Álvaro e da sua esposa. Eles passaram por um perrengue preocupante na volta de uma viagem das Maldivas por conta de uma mudança de última hora nas regras de entrada do Catar. O que era pra ser um retorno tranquilo, virou desespero e angústia. Veja como foi o perrengue do casal voltando para o Brasil!


Perrengue de Primeira

Após 3 anos economizando pontos, finalmente consegui a tão sonhada viagem para as Maldivas, onde iria comemorar o aniversário de 40 anos de casados!

Bilhetes emitidos com 11 meses de antecedência, optei por, na volta, ficar 4 dias em Doha. Nesse caso, emiti 2 bilhetes, sendo Malé para Doha (Smiles) e, em seguida, Doha para São Paulo (LATAM Pass, de executiva), ambos voando Qatar.

Os preparativos para a viagem duraram 10 meses, com todos os detalhes sendo lançados no roteiro, dentre eles, e principalmente, as questões legais a serem seguidas para entrar e sair, tanto das Maldivas, quanto do Qatar.

Após 7 dias no paraíso, preenchi, pela manhã do dia do check-out, os formulários exigidos para saída das Maldivas e o de entrada em Doha, ambos pela internet. E não me atentei para o fato de que, no protocolo de entrada em Doha constava a expressão “EM PROCESSAMENTO”.

Final do dia (19h) pegamos o transfer (lancha rápida), do Sheraton Maldives Resort para o aeroporto.

Chegando no aeroporto, fomos direto para os procedimentos de check-in, sendo que o balcão da companhia aérea ainda não estava aberto. No saguão, deparei-me com um casal brasileiro que havia conhecido no voo de vinda (Doha – Malé), sentados no chão e desesperados. Foi aí que recebi a notícia impactante: o Catar fechou as fronteiras para os passageiros oriundos das Maldivas (dentre outros países), a partir de 02/01/2022, exigindo uma quarentena de 48 horas para quem desembarcar em Doha.

Daí veio o estalo: “EM PROCESSAMENTO”. Acessei de imediato o site EHTERAZ, digitei meu protocolo e, para meu desespero, a expressão continuava lá, gritando na minha cara.

Tinha apenas 3 horas para resolver a pendência: além dos documentos que já havia juntado pela manhã (RT/PCR e carteira de vacinação) agora era necessário comprovar a reserva de um dos hotéis indicados para a quarentena.

Não havia opção, todos hotéis sugeridos eram 5 estrelas, carésimos (US$500 por 2 dias, com as refeições inclusas). Não hesitei, fiz a reserva sem opção de reembolso, recebi a confirmação e juntei no protocolo em aberto. E dá-lhe F5 na tecla do notebook e nada da autorização chegar. E o tempo foi passando, a fila do check-in já havia andado e finalizado e, faltando 1 hora para o voo, os guichês foram fechados. Perdemos o voo!

Conseguimos um hotel e fomos para a cidade. E a tecla F5 não parava de ser acionada … e nada!!!

Por volta de 2h da madrugada, o protocolo foi atualizado, com novas pendências. Documentos juntados anteriormente foram considerados ilegíveis, além do QR Code do ConecteSus não ter sido reconhecido.

Escaneei novamente os documentos e fiz nova tentativa. E como havia perdido o voo, fui procurar outro para Doha para o dia seguinte. Aí complicou porque o mais barato e viável que encontrei foi o da Qatar (mesmo voo perdido). Queria sair dali e não hesitei: R$ 12.000,00 o casal. Fui dormir com gosto amargo na boca. Ao acordar, novamente a tecla F5 e lá estava:

Custei a entender que a reserva de hotel do dia anterior já não valia mais, porque deu NO SHOW (liguei no hotel e confirmei isso). Tive que fazer nova reserva de hotel, desta vez pagando US$ 600. Juntei novamente os documentos e fomos para o aeroporto. E dá-lhe F5. E mais pendência:

Minha documentação estava aprovada. A pendência agora era com relação à vacina da minha esposa. Corremos para a clínica dentro do aeroporto, para realizar o exame rápido para atender a solicitação. E mais US$ 120 de despesa. E tic-tac … a hora passando …. Juntamos o resultado e reenviamos.

E mais F5!!! E nada. Por volta de 17h30 (o check-in já estava aberto) veio nova pendência:

Nesse momento ficou claro para nós onde estava o problema: o Catar estava rejeitando a Coronavac, vacinas tomadas pela minha esposa. A clínica do aeroporto não fazia este exame e tivemos que ir correndo no centro de Malé realizar esse teste rápido (1 hora), ao custo de US$ 160.

Nesse momento, 18h, seria impossível pegar o voo adquirido na parte da manhã, não me restando outra alternativa senão a de pedir a remarcação para o dia seguinte, arcando, pasmem, com despesas de remarcação, de R$ 820,00.

Detalhe: nosso RT/PCR iria vencer às 06h do dia seguinte e o voo seria somente às 20h. Novo exame feito, ao custo de US$ 160 (já perdi a conta).

Com o resultado em mãos, às 19h inseri o comprovante do hospital sendo que, finalmente às 21h, e já com o voo perdido e com calos nos dedos de tanto apertar a tecla F5, recebi o APPROVED!!

Perrengues regras entrada Catar

Voltamos para o hotel, exaustos. Após uma boa noite de sono, resolvemos passear em Malé pela manhã, já que o voo seria somente às 20h00. Mas a agonia era tanta que, por volta de 12h, já estávamos no aeroporto aguardando o guichê da Qatar abrir para finalizar o check-in.

Às 17h00, a atendente fez o sinal para o primeiro da fila, nós!! Passaportes entregues, cópias dos exames, malas etiquetadas na esteira e nada de emitirem os cartões de embarque. Gelei quando a atendente começa a falar no dialeto deles, com o colega do lado.

Veio a fatídica pergunta: e onde está o comprovante de reserva do hotel, com validade a partir de hoje?

Afffffff!!! NO SHOW de novo!

Aí apelei, mandando chamar o supervisor. Veio a simpática supervisora da Qatar. Expliquei, calmamente, que tinha 2 dias querendo ir embora. Mostrei todos os perrengues até então ocorridos (e foram 11 recusas de entrada no Qatar). Sem mover um músculo da face, mas com o sorriso peculiar, me disse: Não posso fazer nada, preciso de reserva válida, contando 48h de hoje.

Perdido por um, perdido por 10. Peguei o celular e fiz nova reserva, gastando mais US$600. Mostrei o comprovante e o check-in foi finalizado. Já embarcado, exausto mentalmente, pensei: chega né!!! Agora vai!!!

Ledo engano! Iria pousar em Doha às 22h30 do dia 6 e a quarentena iria até 22h30 do dia 8. E nosso voo de volta era dia 8, mas às 8h30 da manhã. Não ia perder outro voo, emitido com pontos LATAM Pass. Não ia mesmo.

O desembarque em Doha foi tranquilo, mas segregado para os passageiros que deveriam ir para a quarentena. Na primeira triagem, tentei explicar meu caso, que não poderia ficar de quarentena mais do que 24 horas. Em vão!

Na segunda triagem, o pessoal da Qatar entendeu a situação mas foram categóricos: depende do médico que estará atendendo no seu hotel designado. Não havia nada a fazer.

Na terceira triagem, pegamos o voucher do táxi e fomos levados ao hotel. Entramos pelos fundos, como se estivéssemos contaminados. Fomos levados ao quarto, recebemos um papel com as regras e a porta foi fechada, a 1 hora da manhã do dia 7, com um comentário irônico: Aproveitem seu quarto!!

Na manhã seguinte, comecei a ligar na recepção tentando explicar que tinha que voltar para o aeroporto final da noite. A resposta era sempre a mesma: aguardem o teste RT/PCR, cuja coleta será realizada entre 14 e 17h.

E o tempo foi passando e eu já começava a arquitetar o plano F, de como voltar para o Brasil já que era iminente perder o vôo do dia seguinte. Cheguei a falar na Embaixada, que me deu a seguinte resposta:

Perrengues regras entrada Catar

Ou seja, ferrei-me! Batidas na porta, era a enfermeira para coletar o material para o teste (16h). Tentei argumentar a urgência, não me dando qualquer atenção.

Nesse meio tempo, meu filho acionou o Hotel, do Brasil, pelo Twitter. Explicou que os pais eram idosos, que estavam trancados no quarto sem nenhuma resposta convincente e que precisavam voltar para o Brasil na manhã seguinte. Enviou os cartões de embarque para comprovar.

Ufa!!! Alguém entendeu nosso problema! O gerente veio até nós, explicou que às 19h o resultado dos testes iriam chegar e que, se desse negativo, estaríamos livres para ir embora.

Nem acreditamos e já começamos a organizar as malas. Às 19h10, o mesmo gerente veio entregar os resultados (negativos) e agendamos para ir embora às 21h. Nem cogitei de ficar mais um pouco, deixando para ir para o aeroporto às 4h da manhã. Pensei na eventual mudança de turno e que o combinado não fosse cumprido.

Deixamos o hotel às 21h00, indo, felizes, para o aeroporto. Paramos no portão 1, check-in da Executiva da Qatar. Atendimento de primeira, fomos em direção ao balcão do check-in com a sensação de que AGORA VAI!!!!

E quase não vai. Mais um perrengue. Simplesmente a atendente questionou o nosso documento de liberação da Quarentena, dizendo que o mínimo seria de 48h e fomos liberados com 24 h. Tinha erro ali.

Eu retruquei e perguntei se ela era médica. E que se estivesse duvidando da autenticidade do documento, que acionasse o emissor. Mandaram a gente aguardar sentados. O conforto do sofá não amenizava a agonia, que já se prolongava por mais de 3 dias. Só queria levar minha esposa de volta pra casa.

Longos 20 minutos se passaram. Fomos chamados de volta ao balcão, recebendo os cartões de embarque. Peguei-os com força e fomos a passos largos para a imigração. Queria passar para dentro e sumir naquela imensidão.

Depois de 8 horas de sala VIP (Al Mourjan Lounge), a melhor que frequentei até hoje, embarcamos no Boeing 777, na famosa Qsuite, para 15h de voo com destino a GRU. Com uma taça de champagne de boas vindas nas mãos, nem me lembrava mais dos perrengues que passamos até chegar naquele momento. E o voo foi perfeito!!!

Minhas dicas: conferir sempre a documentação necessária, ficando atento aos detalhes (não me atentei para o “em processamento”). Tenha calma ao se dirigir em inglês com as pessoas que podem te ajudar (ou não). E principalmente, tenha um cartão de crédito com limite ilimitado.

Chegando em casa, já comecei a preparar a próxima viagem, claro!!!!

Perrengues?? Nem me lembro mais!!!


Comentário

Que perrengue hein, Álvaro? Conseguimos sentir toda a angústia e agonia em cada situação que você passou!

Fica a dica para para sempre checarem com regularidade as normas impostas pelos países de destino, que sempre correm o risco de ser alteradas sem muito aviso prévio. Também lembre-se que imprevistos podem acontecer. É preciso ter calma, sangue frio e paciência para resolver tudo, por mais que a preocupação e o medo estejam à flor da pele, sem contar os gastos extras!

Alguém já passou por perrengue parecido? Conta pra gente nos comentários!


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