Resgates de Primeira – Passagem em Classe Executiva de Nova York para Tel Aviv com milhas do Delta SkyMiles

Programas de fidelidade Resgates de Primeira

Por Raimundo Junior

Como você vem acompanhando nas últimas semanas, nesta fase da série Resgates de Primeira, estamos mostrando voos que tragam alguma característica especial, quer de preço, cabine ou rota diferenciada, que mereça o nosso registro. No resgate de hoje, vamos mostrar uma viagem em companhia aérea/programa de fidelidade inéditos na série, voando dos Estados Unidos para o Oriente Médio, com conexão na Europa. Por isso, o que temos no cardápio hoje é: Resgates de Primeira – Passagem em Classe Executiva de Nova York para Tel Aviv, com milhas do Delta SkyMiles.

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  1. O Resgate de Primeira
  2. Quanto custa essa emissão?
  3. Como fazer essa emissão?
  4. Como otimizar essa emissão?
  5. Quais companhias posso voar?
  6. Fatores a considerar
  7. Comentário

O Resgate de Primeira

Rota: Nova York – Londres – Tel Aviv
Programa: SkyMiles (Delta Airlines)

Para quem não vem acompanhando, nas primeiras duas fases da série Resgates de Primeira, mostramos ótimos resgates para voar em Classe Executiva para todos os continentes. Na terceira fase, mostramos Resgates de Primeira para voar em Primeira Classe, item cada da vez mais raro no mundo da aviação, especialmente para viajar utilizando milhas e pontos.

Nessa última, voltamos a mostrar o resgate de viagens em Classe Executiva que apresentem custo x benefício acima da média, ou tenha alguma característica especial. Por isso, hoje aproveitamos para mostrar uma viagem de Nova York para Tel Aviv, voando na excepcional Classe Executiva (Upper Class) da Virgin Atlantic.

Há diversas opções de voos da VS na rota, mas optamos pelo primeiro trecho (JFK-LHR) no A330-300, que tem layout 1-1-1, e o segundo (LHR-TLV), no novíssimo A350-1000, cuja cabine de Classe Executiva tem layout 1-2-1. Assim, pode-se conhecer os dois principais modelos de cabine premium da companhia inglesa.

Esse é um dos melhores resgates do programa de fidelidade SkyMiles, da Delta Airlines, sobretudo quando a emissão é para voar na prestigiada companhia aérea do magnata Sr. Richard Branson, que cobra valores altíssimo em voos pagantes em Classe Executiva.

Vale lembrar que mostramos aqui no Passageiro de Primeira, nesta quarta-feira (03/11), que os primeiros parceiros do Membership Rewards do Amex do Santander começaram a ser revelados.

De parceria aérea, por enquanto, foi apresentado apenas o SkyMiles, da Delta Airlines.

Não desconhecemos a má-fama que acompanha o programa, desde que extinguiu as tabelas para voos próprios, elevando para valores astronômicos os resgates para voar em Classe Executiva com a própria Delta.

Entretanto, o que muitos não sabem, é que ainda há bons resgates para voar com companhias parceiras, quer da aliança SkyTeam, quer parceiros bilaterais, mesmo depois que esses resgates com parceiros também sofreram sensíveis desvalorizações, no final de 2020.

Dentre esses, destaca-se a possibilidade de voar na Classe Executiva (Upper Class), da companhia aérea britânica super-premium Virgin Atlantic, algo inacessível às milhas dos nossos programas de fidelidade brasileiros.

Lounges em Nova York (JFK) e Londres (LHR)

E essa viagem, parte de Nova York (JFK) e tem um layover em Londres (LHR), o que permite acessar dois ótimos Vip Lounges da Virgin Atlantic, tanto em JFK, quando em LHR.

  • Vip Lounge Club House, no Aeroporto Internacional de New York-JFK
  • Vip Lounge Club House, no Aeroporto Internacional de Londres-LHR

Quanto custa essa emissão?

Desde que extinguiu sua tabela de resgates, no início de 2015, o  Delta SkyMiles tem precificação flutuante para os voos próprios. Mesmo para parceiros, não possui uma tabela oficial para resgates.

Nos voos próprios, com precificação dinâmica, os valores variam conforme a proximidade com a viagem e a demanda para o voo, o que, não raro, significa encontrar tarifas absurdamente elevadas em milhas, especialmente para as cabines premium. Isso foi determinante para a má-fama do programa nos últimos anos.

Com parceiros, felizmente, a situação é um pouco diversa. Apesar da ausência de “tabela formal”, os valores cobrados em parceiros, quando disponíveis bilhetes award, seguem uma precificação relativamente fixa, variando apenas conforme o resgate é feito próximo ao voo, ou em datas com maior antecipação.

Para resgates feitos com antecedência, são cobradas 85.000 milhas por trecho, para a rota entre Estados Unidos e Oriente Médio.

Destaque para as taxas, que são bastante módicas, algo incomum nas passagens prêmio partindo dos Estados Unidos. Vale lembrar as fortunas cobradas por British Airways e Lufthansa, quer em seus próprios programas, quer em parceiros. No nosso resgate, o sistema mostra a cobrança de apenas $50 por passageiro.


Como fazer essa emissão?

  • Encontrando disponibilidade

O SkyMiles permite resgatar online, não apenas os voos próprios, mas de todos os parceiros, quer SkyTeam, quer bilaterais, como é o caso da Virgin Atlantic. Isso é uma grande vantagem do programa.

Acaso necessite de resgates mais elaborados, como aqueles que envolvam cabines mistas, ou quando o sistema força a montagem da viagem com companhia que não sejam a da sua preferência – o algoritmo entende que seria a rota mais racional – é possível pesquisar de forma segmentada no site, e realizar o resgate através do call-center.

  • Realizando a emissão

Realizada a pesquisa e encontrado o resultado, basta selecionar o voo, preencher os dados do passageiro e conferir os detalhes do resgate. Feito isso, o último passo é apenas preencher os dados de pagamento e finalizar o resgate. Simples, intuitivo e rápido.


Como otimizar essa emissão?

Desde que a MR dos AMEX-Bradesco, foi transferido para a Livelo, ficamos sem opção de gerar milhas Delta SkyMiles, nos cartões e programas brasileiros. Claro que não desconhecemos a possibilidade de transformar pontos ALL em milhas Delta SkyMiles, mas isso nem pode ser cogitado, porque teria um custo insano.

Por isso, apesar do SkyMiles não ser exatamente o programa de fidelidade dos sonhos, a inclusão dele no novo Membership Rewards dos AMEX-Santander, pode ser considerada uma boa notícia.

Pontuação regular

Como já foi oficialmente anunciado, os cartões de crédito American Express emitidos pelo Santander, pontuarão 1,2 por dólar na versão Gold e 2,2 pontos por dólar, na versão The Platinum Card.

Vamos levar em conta a pontuação do TPC, de 2,2 pontos por dólar.

No uso regular, para gerar essas 85 mil milhas no MR, que poderiam se transformar em 85 mil milhas Delta SkyMiles, teríamos que realizar operações na função crédito, no importe de aproximadamente R$ 228.000 (considerando a pontuação regular do cartão, de 2,2 pontos por dólar, com câmbio de referência a R$ 5,90 – câmbio oficial + 5% de spread).

Evidente que com uso massivo e paciência, pode-se gerar esse montante sem custo adicional.

No entanto, nosso objetivo é mostrar o custo de gerar o valor rápido, usando aplicativos de pagamento.

Considerando a possibilidade de pagar contas e boletos nesse valor, temos aplicativos no mercado, cujo custo mais baixo gira em torno de 2,80%.

Nesse patamar, precisaríamos investir aproximadamente 6,3 mil reais pela passagem. Não é um valor baixo, mas é excelente, comparado ao custo do bilhete pagante, como veremos adiante.

Campanhas Bateu, Ganhou!

Quem é usuário dos cartões Santander, já sabe que o banco realiza com frequência – no mínimo uma vez ao ano – a excelente campanha Bateu, Ganhou, em que os clientes que conseguem bater as metas pré-estabelecidas, chegam a receber até 6 pontos por dólar, nos melhores cartões, como aconteceu com o co-branded AAvantage, na penúltima campanha.

Mesmo tomando por base a última campanha – encerrada no últimos dia 31/10 – em que a melhor pontuação foi oferecida aos cartões Unlimited, com 5×1 na maior meta, é possível dizer que daria pra gerar essas 85.000 milhas, pelo custo aproximado de R$ 2,8 mil, o que é uma pequena fração do custo pagante desse bilhete.

  • Diferença para a tarifa comercial

Quando comparamos o custo desse bilhete award, com o valor da passagem pagante, podemos constatar quão vantajoso é esse Resgate de Primeira:

Como se vê, a passagem pagante custa inacreditáveis 44,5 mil reais. O custo de geração das milhas, em situações excepcionais, como no Bateu, Ganhou, representaria cerca de 6,3% desse valor, o que é surreal!


Quais companhias posso voar?

Além da própria Delta operar a rota, ainda poderia ser possível realizar a viagem voando Air France, KLM, ITA e Aeroflot, parceiros do Delta SkyMiles.

Com a Delta, apesar da conveniência do voo direto, há, como explicamos acima, o inconveniente da tarifa dinâmica. O melhor valor que encontramos, fora de promoção, foi de 130.000 milhas, o que é bem superior ao cobrado na simulação mostrada nessa matéria.

ITA Airways ainda dá os primeiros passos na aliança SkyTeam, como mostramos aqui recentemente. Nem aparece no resgate on-line. Talvez consiga emitir via call-center, atualmente.

Aeroflot tem o fato negativo de cobrar taxa de combustível, o que encarece o resgate.

Air France e KLM são opções maravilhosas, mas é possível voar nessas companhias com milhas Smiles, por exemplo, o que torna o resgate para voar Virgin Atlantic, mais exclusivo.

E a companhia é reconhecida pela design, luxo e conforto da suas cabines premium.

Nos voos sugeridos, seria possível conhecer os principais modelos de cabine premium da companhia britânica.

O primeiro trecho seria operado no A330-300, em que Upper Classe (Executiva) tem layout 1-1-1.

O segundo trecho seria operado no A350-1000, em que Upper Classe (Executiva) tem layout 1-2-1.

Ambas as cabines contam com um lounge-bar a bordo, exclusivo para os passageiros da Classe Executiva, que podem ser o The Bar, no A330-300, e o The Loft ou The Booth, no A350.


Fatores a considerar

  • Precificação dinâmica em bilhetes comerciais: embora tenhamos dito que a flutuação dos preços Delta SkyMiles ocorre apenas para os voos próprios, esteja ciente que as vagas oferecidas com parceiros, somente obedecem à “tabela informal”, para os bilhetes award. Não é incomum encontrar, numa mesma pesquisa, voos com precificação padrão e outros com preços dinâmicos (muito mais elvados), com a mesma companhia. Nesse caso, são bilhetes de interline, comerciais, o que não infirma o que dissemos sobre haver uma precificação linear nos bilhetes prêmio;
  • Reabertura de Estados Unidos e Israel e autorização de trânsito em Londres: Como você acompanhou aqui no PP, os Estados Unidos vão voltar a receber turistas vindos do Brasil, sem necessidade de quarentena, a partir da próxima segunda-feira, 08/11. Israel, por sua vez, voltou a receber turistas internacionais, incluindo brasileiros totalmente vacinados, desde a última segunda-feira, 01/11, como publicamos aqui. Assim, a partir da próxima semana, esse é um resgate viável, já que a viagem tem origem e destino em cidades para onde os viajantes brasileiros serão autorizados a entrar;
  • Incremento de opções para o viajante brasileiro: apesar de compartilhar da mesma opinião da maioria dos leitores, de que esperava mais e melhores parceiros aéreos no Merbership Rewards do AMEX-Santander, é inegável que a adição do Delta SkyMiles, que permite um resgate até então inacessível a quem não tem cartão americano/internacional, é algo a comemorar. Não desconhecemos que o programa Flying Blue, da Air France, que é parceiro Livelo, também emite Virgin Atlantic, o que daria acesso, em tese, a esse resgate. Ocorre que o mesmo voo, no Flying Blue, custa 92.000 milhas + $263 de taxas, contra apenas $50, no Delta SkyMiles. Além disso, a taxa de transferência Livelo-Flying Blue, é de 2:1. Assim, para esse mesmo resgate, seriam utilizados 184.000 pontos Livelo + 263 dólares de taxas, o que o tornaria pouco atrativo. E recorde que estamos tratando de Livelo, que (quase) unanimemente é tido como o melhor programa de pontos do mercado nacional.

Comentário

Esse é mais um bom exemplo das dezenas de boas oportunidades de emissões que temos a explorar no nosso microcosmos de milhas e pontos, como falamos no post inicial dessa série semanal.

Nessa matéria, trouxemos uma boa oportunidade de uso das milhas do programa Delta SkyMiles, parceiro do novo Membership Rewards do AMEX-Santander, para voar na excelente Classe Executiva da britânica Virgin Atlantic, uma companhia premium com a qual, na prática, não tínhamos opções razoáveis de voar, usando milhas e pontos dos nossos programas nacionais.

Esse, sem dúvida, é mais um dos bons resgates do nosso universo de milhas e pontos.

E você, já conseguiu aproveitar essa excelente emissão do Delta SkyMiles?


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